Fabíola Aniely da Conceição, identificada como a policial militar que deu um tapa no rosto de uma mãe suspeita de agredir a filha de 11 anos em Vitória de Santo Arão (PE), se manifestou sobre o incidente por meio das redes sociais. Em um vídeo repostado pela página “Fato Vitória”, a policial reconheceu sua falha, ressaltando que “atrás de uma farda existem seres humanos”, e negou ter disponibilizado qualquer chave Pix para arrecadar fundos para custear um advogado.
“Minha intenção nunca foi me promover em cima de ocorrência nenhuma. Tudo que eu faço é com amor e carinho. Amo minha profissão. Hoje a minha maior preocupação não é o engajamento nem a quantidade de xingamentos que estou recebendo, não é se vou ser punida ou não. A minha principal preocupação é a saúde da criança, como ela está, porque ela sofreu agressão física e principalmente psicológica”, afirmou Fabíola Aniely.
Ela também destacou que não sofreu machismo dentro da corporação e recebeu apoio de seus colegas de profissão, incluindo o oficial responsável naquele dia e o comandante do batalhão, assim como de diversos setores da sociedade, como advogados, políticos e psicólogos. Fabíola expressou sua disposição em cumprir qualquer punição que lhe seja aplicada, enfatizando que, por trás de uma farda, há seres humanos sujeitos a falhas.
Em nota, a Polícia Militar informou que o prazo para a apuração dos fatos é de 30 dias e que outras informações sobre o caso serão divulgadas após a conclusão do procedimento administrativo. O episódio ocorreu após vizinhos denunciarem a agressão à menina de 11 anos pela mãe, o que resultou na detenção da acusada e no acionamento do Conselho Tutelar. A PM abriu uma investigação para esclarecer as circunstâncias da abordagem policial.
A repercussão do caso tem gerado debates sobre o uso da força policial e a necessidade de treinamento adequado para lidar com situações delicadas envolvendo crianças e famílias. A sociedade aguarda os desdobramentos dessa investigação, esperando que sejam tomadas as medidas cabíveis para garantir a segurança e o bem-estar das pessoas envolvidas.

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