A Polícia Civil do Paraná (PCPR) prendeu na manhã desta quinta-feira, 19, uma mulher de 45 anos suspeita de participação na morte de Paulo Henrique dos Santos, de 34 anos. O crime, que chocou os moradores do bairro Sítio Cercado, em Curitiba, ocorreu em 7 de agosto deste ano. Segundo as autoridades, a vítima foi brutalmente assassinada com golpes de arma branca, desferidos após ser agredida fisicamente, o que impossibilitou qualquer chance de defesa.
O delegado responsável pelo caso, Victor Menezes, destacou que a investigação foi amplamente auxiliada por imagens de câmeras de segurança instaladas nas proximidades do local do crime. Nos registros, foi possível identificar o momento em que a suspeita entrega a arma branca ao agressor, um homem de 32 anos que foi preso anteriormente, no dia 24 de setembro. “As provas são contundentes. Ficou claro que houve uma ação conjunta entre os dois envolvidos para a execução do crime. A mulher, que estava foragida desde o dia do homicídio, foi localizada após um trabalho minucioso de inteligência policial. Ambos possuem antecedentes criminais por tráfico de drogas e roubo, o que reforça o vínculo com atividades ilícitas na região”, afirmou o delegado.
De acordo com as autoridades, o crime teria sido motivado por disputas relacionadas ao tráfico de drogas, embora a linha exata que levou ao assassinato ainda esteja sob investigação. A vítima, Paulo Henrique dos Santos, era conhecida na comunidade local e, segundo vizinhos, não apresentava comportamento que justificasse tamanha brutalidade. Sua morte causou profunda comoção e trouxe à tona a discussão sobre o aumento da violência em bairros periféricos de Curitiba.
Após ser detida, a mulher foi encaminhada ao sistema penitenciário, onde permanecerá sob custódia enquanto aguarda julgamento. O homem preso em setembro já responde judicialmente pelo crime e ambos estão sendo acusados de homicídio qualificado, podendo receber penas que variam de 12 a 30 anos de prisão, dependendo da decisão judicial. A Polícia Civil acredita que, com essas prisões, as principais linhas de investigação do caso estão concluídas, mas não descarta a possibilidade de outros envolvidos.
O crime expõe mais uma vez a complexidade das redes de violência associadas ao tráfico de drogas na capital paranaense. O bairro Sítio Cercado, cenário do homicídio, é conhecido por enfrentar dificuldades relacionadas à criminalidade, sendo palco frequente de disputas territoriais e outros conflitos associados ao tráfico. Moradores da região relatam que, apesar do reforço no policiamento em algumas áreas, a sensação de insegurança ainda persiste.
Além de elucidar o caso, a Polícia Civil fez um apelo à população para continuar contribuindo com informações que possam auxiliar no combate à criminalidade. “É fundamental que a comunidade mantenha sua parceria conosco, denunciando atividades suspeitas. Qualquer informação pode ser repassada anonimamente pelos telefones 197, da PCPR, ou 181, do Disque-Denúncia. Em situações de flagrante, a Polícia Militar deve ser acionada imediatamente pelo telefone 190”, ressaltou o delegado Victor Menezes.
O trabalho investigativo da PCPR exemplifica a eficácia do uso de tecnologias como câmeras de segurança para desvendar crimes e reforça a importância de políticas públicas voltadas para a prevenção da violência. Segundo especialistas, a escalada da criminalidade em áreas urbanas muitas vezes está associada à falta de oportunidades econômicas e sociais, o que cria terreno fértil para o crescimento de atividades ilícitas.
Com o desdobramento das investigações, espera-se que o julgamento dos dois acusados traga alguma forma de alívio para a família de Paulo Henrique dos Santos, que luta para lidar com a perda e espera por justiça. Enquanto isso, as autoridades reforçam seu compromisso em intensificar as operações no bairro Sítio Cercado e em outras áreas vulneráveis da cidade, visando desarticular redes criminosas e garantir maior segurança para os cidadãos.
O caso também serve de alerta para a sociedade como um todo, sobre a importância de denunciar crimes e apoiar iniciativas que promovam a redução da violência. As forças de segurança destacaram que o enfrentamento do crime organizado exige esforços conjuntos de diferentes setores, indo além da repressão e investindo em estratégias de longo prazo, como educação, capacitação profissional e acesso a serviços públicos de qualidade. O assassinato de Paulo Henrique, embora trágico, ressalta a necessidade de buscar soluções efetivas para enfrentar os desafios da criminalidade urbana, garantindo que crimes como este não voltem a acontecer.
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