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Guia espiritual suspeito de abusar de 11 mulheres engravidou duas vítimas no PR

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A Polícia Civil do Paraná segue investigando as denúncias contra Roderley Amorim Ramos, de 54 anos, um guia espiritual preso no dia 11 de outubro sob a suspeita de ter abusado sexualmente de pelo menos 11 mulheres. As investigações apontaram que duas dessas vítimas engravidaram em decorrência dos abusos, e exames de DNA confirmaram a paternidade das crianças. Conforme os relatos, os crimes teriam ocorrido em uma residência usada como terreiro de práticas espirituais em Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná. Contudo, a polícia acredita que tais práticas serviram como uma fachada para encobrir os crimes sexuais cometidos pelo suspeito.

A delegada responsável pelo caso, Claudia Kruger, informou que até o momento 11 mulheres formalizaram denúncias, sendo que seis delas eram menores de idade na época dos abusos. Os relatos incluem episódios que datam de mais de uma década, com o primeiro caso registrado em 2011, quando a vítima tinha apenas 12 anos. Os crimes teriam se repetido ao longo dos anos, incluindo ocorrências em 2012, 2016, 2018 e 2024. Desde a prisão de Ramos, outras vítimas começaram a aparecer, e a Polícia Civil acredita que o número total de pessoas afetadas pode ser ainda maior, visto que a repercussão do caso encorajou novas denúncias.

Os detalhes apurados pelas autoridades revelam uma dinâmica cruel e manipuladora. Roderley Amorim Ramos teria se aproveitado da fragilidade emocional de suas vítimas, muitas das quais estavam em momentos difíceis de suas vidas, como luto, separações ou crises pessoais. Ele se apresentava como um guia espiritual capaz de resolver problemas emocionais e espirituais, convencendo as vítimas de que os abusos eram parte de rituais necessários para afastar energias negativas ou “retirar o mal”. Segundo a delegada Kruger, o investigado era visto por suas vítimas como uma figura de autoridade, o que reforçava sua capacidade de manipulação. “Esse homem se colocava como uma solução para as inquietudes espirituais e emocionais dessas vítimas. Ele aproveitou momentos de vulnerabilidade para cometer esses crimes terríveis”, afirmou.

Entre as denúncias mais recentes está o caso de uma jovem de 18 anos, que procurou o guia espiritual em busca de ajuda para questões emocionais. No boletim de ocorrência, ela relatou que o acusado a obrigou a se deitar de bruços em uma cadeira reclinável, abaixar as calças e vestir roupas curtas, afirmando que isso era necessário para realizar um ritual pedido por uma entidade espiritual. O abuso teria ocorrido em setembro deste ano e se assemelha a outros relatos coletados pela polícia. As justificativas apresentadas por Ramos incluíam a promessa de afastar magia negra ou influências negativas da vida das mulheres, o que teria contribuído para que as vítimas acreditassem que os atos eram parte de rituais espirituais legítimos.

Além das acusações de abuso sexual, Roderley Amorim Ramos também está sendo investigado por estelionato. Uma das vítimas relatou que foi coagida a fazer pagamentos regulares sob a alegação de que eles eram necessários para manter os rituais ou melhorar sua situação espiritual. Essa prática aponta para uma possível estratégia de exploração financeira associada aos abusos, o que agrava ainda mais os crimes atribuídos ao suspeito.

Ramos nega conhecer as mulheres que o acusam, mas as evidências reunidas pela Polícia Civil, incluindo relatos consistentes e provas genéticas que confirmaram a paternidade de duas crianças, tornam sua defesa mais difícil. Ele segue preso e está à disposição da Justiça, enquanto as investigações prosseguem para identificar outras possíveis vítimas e esclarecer a totalidade de seus crimes.

O caso tem causado grande comoção em Ponta Grossa e na região dos Campos Gerais, expondo a necessidade de um olhar mais atento sobre práticas que, sob o pretexto de espiritualidade, podem mascarar abusos e crimes. A Polícia Civil continua incentivando possíveis vítimas a procurarem as autoridades para denunciar, reforçando o compromisso com a proteção das pessoas em situação de vulnerabilidade e a responsabilização dos autores de crimes tão graves.

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