Até o momento, 16 pessoas seguem desaparecidas, incluindo três crianças de 3, 10 e 11 anos. Uma morte foi confirmada: Lorena Rodrigues Ribeiro, de 25 anos, cujo corpo foi localizado nas águas do rio. A lista de desaparecidos divulgada pela Polícia Militar inclui homens, mulheres e crianças, destacando o impacto humano dessa tragédia.
O desabamento gerou uma onda de comoção nacional, não apenas pelas vidas perdidas e famílias afetadas, mas também pelos desafios complexos enfrentados pelas equipes de resgate. A profundidade do rio, estimada entre 45 e 50 metros, e a presença de ácido sulfúrico, um produto químico altamente tóxico, tornaram as operações perigosas e dificultaram os trabalhos.
A ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira era uma das principais estruturas de ligação entre os estados do Tocantins e Maranhão. Diariamente, a ponte era utilizada por centenas de veículos, sendo um importante corredor logístico para o transporte de mercadorias e para o deslocamento de pessoas entre as regiões. Sua localização estratégica sobre o Rio Tocantins reforça sua relevância econômica, social e ambiental.
O governador do Maranhão, Carlos Brandão, visitou o local da tragédia acompanhado do ministro dos Transportes, Renan Filho, e representantes do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. O governador destacou que o governo está realizando análises constantes da água para proteger as equipes de resgate e a população local. Ele reconheceu a complexidade da operação, ressaltando que o risco de contaminação química exige cuidados adicionais e planejamento rigoroso.
O governo federal decretou estado de emergência na região e anunciou um investimento de mais de 100 milhões de reais para a reconstrução da ponte. O ministro Renan Filho explicou que a medida de emergência permite agilizar os processos administrativos e técnicos necessários para iniciar as obras. Ele também afirmou que a meta é concluir a nova ponte até o final de 2025, garantindo uma estrutura moderna e segura.
Enquanto isso, mergulhadores especializados da Marinha foram convocados para auxiliar nas buscas pelos desaparecidos. As operações, inicialmente interrompidas por precaução devido ao risco químico, foram retomadas com a implementação de medidas de segurança. As autoridades estão monitorando constantemente a situação do Rio Tocantins, buscando minimizar os danos ambientais causados pelo vazamento do ácido sulfúrico.
O desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira também trouxe à tona questões relacionadas à manutenção de infraestruturas críticas no Brasil. Especialistas e autoridades têm destacado a necessidade de maior atenção à inspeção e conservação de pontes, viadutos e outras estruturas vitais para o país. Este episódio é um alerta para os riscos que a falta de manutenção adequada pode gerar, especialmente em regiões de grande fluxo logístico.
As consequências econômicas do desabamento são outro aspecto significativo. A ponte era um elo essencial para o transporte de mercadorias entre Tocantins e Maranhão, impactando diretamente as cadeias produtivas locais e regionais. A interrupção do tráfego na BR-226 obrigou as autoridades a implementar rotas alternativas, aumentando o tempo e o custo do transporte.
Apesar dos esforços para gerenciar a crise, o impacto humano permanece o foco principal. Famílias das vítimas desaparecidas enfrentam dias de angústia, enquanto equipes de resgate trabalham incansavelmente para localizar sobreviventes e corpos. A solidariedade entre os moradores das cidades de Aguiarnópolis, no Tocantins, e Estreito, no Maranhão, tem sido um fator de alívio, com voluntários e organizações oferecendo suporte emocional e logístico aos envolvidos.
Entre os desaparecidos estão homens e mulheres de diferentes idades, além de crianças, como Cecília Tavares Rodrigues, de apenas 3 anos. A divulgação da lista pela Polícia Militar tem ajudado a concentrar os esforços de busca e a mobilizar a população na região.
O impacto ambiental do desabamento também é motivo de grande preocupação. O ácido sulfúrico, altamente corrosivo e tóxico, pode causar danos irreparáveis à fauna, flora e qualidade da água do Rio Tocantins, que é o segundo maior rio que se encontra inteiramente em território brasileiro. As autoridades estão monitorando a situação com o apoio de especialistas em meio ambiente, buscando conter os possíveis danos e preservar a biodiversidade da região.
A tragédia da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira será lembrada como um evento que uniu esforços nacionais em busca de soluções, respostas e reconstrução. Enquanto as operações continuam e as autoridades trabalham para mitigar os impactos, o país acompanha com apreensão e solidariedade o desenrolar dessa calamidade. A reconstrução da ponte representa não apenas uma necessidade logística, mas também um compromisso com a segurança e o desenvolvimento das comunidades afetadas. Para as famílias envolvidas, resta a esperança de que o trabalho árduo das equipes de resgate possa trazer alguma forma de conforto e encerramento diante de uma tragédia de tamanha magnitude.
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Pelo menos 16 pessoas seguem desaparecidas após a queda da Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que liga o Tocantins ao Maranhão, ocorrida no último domingo (22).
A Polícia Militar informou que dentre os desaparecidos estão três crianças de 3, 10 e 11 anos.
Uma morte foi confirmada até o momento, de Lorena Rodrigues Ribeiro, de 25 anos, encontrada na água.
Os trabalhos de resgate chegaram a ser interrompidos por causa do risco de contaminação. Entre os veículos que caíram da ponte estavam dois caminhões carregados com ácido sulfúrico.
Em entrevista à CNN, o governador do Maranhão, Carlos Brandão (PSB), detalhou as medidas adotadas par tentar evitar a contaminação pelos produtos químicos.
“Estamos fazendo análise da água para que os próprios membros do Corpo de Bombeiros não sejam contaminados”, explicou o governador. A profundidade do local, estimada entre 45 e 50 metros, também dificulta as operações.
Brandão, que visitou o local acompanhado do ministro dos Transportes, Renan Filho, e da diretoria do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), descreveu um cenário complexo e desafiador.
“A gente acredita aí que cerca de seis a oito meses até lá nós vamos ter que conviver com esse desconforto”, afirmou.
Por causa da complexidade, mergulhadores da Marinha ajudarão nas buscas.
Verba para reconstrução
Renan Filho disse nesta segunda-feira (23) que o governo vai destinar mais de R$ 100 milhões para a reconstrução da ponte.
O ministro decretou estado de emergência após vistoriar a área. Segundo Renan Filho, o intuito é abreviar os procedimentos administrativos, para uma rápida reconstrução.
“Além do contrato neste ano, esperamos nos primeiros dias de 2025 dar ordem de serviço para todas as obras de engenharia que serão feitas aqui, com o compromisso de entregar esta ponte em 2025. Vamos trabalhar dedicadamente para fazer desta nova ponte um case de resolutividade”, completou.
Veja a lista dos nomes desaparecidos informados pela Polícia Militar:
1 – Andreia Maria de Sousa
2 – Beroaldo dos Santos
3 – Anisio Padilha Soares (43 anos)
4 – Silvana dos Santos Rocha Soares (53 anos)
5 – Lorrane Cidronio de Jesus (11 anos)
6 – Kecio Francisco Santos Lopes
7 – Alessandra do Socorro Ribeiro (50 anos)
8 – Salmon Alves Santos (65 anos)
9 – Felipe Giuvannuci Ribeiro (10 anos)
10 – Cássia de Sousa Tavares (34 anos)
11 – Cecília Tavares Rodrigues (3 anos)
12 – Marçon Gley Ferreira
13 – Osmarina da Silva Carvalho (48 anos)
14 – Gessimar Ferreira (38 anos)
15 – Ailson Gomes Carneiro (57 anos)
16 – Elisangela Santos das Chagas (50 anos)
Desabamento
A ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que liga a cidade de Aguiarnópolis, no Tocantins, e a cidade de Estreito, no Maranhão, caiu na tarde deste domingo (22), na rodovia BR-226 (TO), sobre o Rio Tocantins.
As buscas aos desaparecidos no desabamento chegou a ser interrompida após mergulhadores identificarem que dois caminhões que caíram no rio transportavam produtos de risco. O governo afirmou que a situação está “sendo monitorada pelas autoridades competentes”.
Em última atualização, ao menos dez veículos que caíram no Rio Tocantins foram identificados, sendo quatro caminhões, três carros e três motocicletas. Entre eles, dois dos caminhões estavam carregados com ácido sulfúrico.
O Rio Tocantins é o segundo maior rio que se encontra totalmente em território brasileiro, segundo o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia.