O ex-juiz da Lava Jato e atual senador Sergio Moro prestou depoimento no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PR) nesta quinta-feira (7), no âmbito de um processo que o acusa de abuso de poder econômico e político nas eleições de 2022. Durante o depoimento, Moro alegou perseguição e afirmou que as ações contra ele são um “castelo de cartas”.
Segundo Moro, todas as despesas realizadas tanto durante a campanha eleitoral como antes dela foram declaradas e feitas dentro da lei pelos partidos políticos. O ex-juiz também argumentou que os gastos apontados como excessivos não estão relacionados à campanha.
Moro criticou as acusações feitas contra ele, chamando-as de levianas, e afirmou que se sente pessoalmente agredido. Ele alegou ter participado de um “teatro” durante o processo.
A instrução do processo foi encerrada, e as partes têm até terça-feira (12) para apresentar suas alegações finais. Posteriormente, o Ministério Público irá apresentar um parecer de mérito, que será decidido no dia 22 de janeiro.
O advogado de defesa de Sergio Moro, Gustavo Guedes, concedeu uma entrevista ao Grupo RIC após o depoimento do senador. Guedes afirmou que 98% dos gastos apresentados foram devidamente explicados e não correspondem à campanha no Paraná.
Ele ressaltou que Moro só decidiu disputar a eleição no Paraná em junho, antes disso, sua intenção era concorrer em São Paulo ou à Presidência. Portanto, segundo o advogado, não houve despesas relacionadas à campanha no estado. Guedes também destacou que é comum os partidos políticos entrarem com ações de caixa 2 durante as eleições.
De acordo com Guedes, os gastos apresentados que não foram realizados no Paraná não podem ser considerados como despesas de pré-campanha.

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