No Dia Internacional das Mulheres, celebrado em 8 de março, é importante refletir sobre a realidade enfrentada pelas mulheres no Brasil. Além das conquistas e avanços, a data também serve como um lembrete das desigualdades e violências que persistem.
O Monitor dos Feminicídios no Brasil, que acompanha os casos de violência contra as mulheres divulgados pela imprensa, acaba de revelar os dados referentes ao ano de 2023. Os números são alarmantes: 1.706 mulheres foram mortas simplesmente por serem mulheres.
Além dessas vidas perdidas, ocorreram outros 988 atentados contra mulheres. Isso significa que, diariamente, pelo menos quatro mulheres foram assassinadas e duas sobreviveram a ataques violentos.
Entre os casos de feminicídio consumados, a maioria (63%) ocorreu no contexto de relacionamentos íntimos, nos quais a vítima mantinha um vínculo sentimental ou sexual com o agressor. Em 22,6% dos casos, o relacionamento era incerto ou desconhecido. Já os crimes envolvendo relações familiares representaram 4,3%, enquanto os casos sem vínculo com o agressor corresponderam a 3,5%.
Um dado especialmente preocupante é que 41 das mulheres vítimas de feminicídio estavam grávidas em 2023. Essas mulheres deixaram para trás pelo menos 692 filhos, que agora precisam lidar com a perda de suas mães.
Esses números evidenciam a urgência de ações efetivas para combater a violência de gênero no Brasil. É necessário um esforço conjunto do poder público, da sociedade civil e das instituições para garantir a proteção e a segurança das mulheres. Além disso, a conscientização e a educação sobre a igualdade de gênero devem ser promovidas, a fim de transformar essa triste realidade e construir um futuro mais justo e seguro para todas as mulheres do país.

Se é Notícia, #tanojornaldopovo