Uma mulher foi denunciada ao Conselho Tutelar após agredir seu filho de 11 anos, queimando suas mãos com uma chapinha de cabelo, em um condomínio localizado no bairro do Passarinho, em Olinda. O caso ocorreu na última segunda-feira (29) e, de acordo com informações do conselheiro tutelar Marcos Paulo Cavalcanti, a criança relatou que a mãe o puniu por ter tomado um iogurte sem autorização.
A vítima apresentou queimaduras visíveis na parte superior das duas mãos, conforme evidenciado por uma foto obtida pelo portal g1. Em depoimento, o menino contou que a mãe usou o aparelho de chapinha para infligir a dor, um ato que chocou os profissionais envolvidos no caso.
“Segundo o relato da criança, ela teve a parte de cima das mãos queimada pelo motivo de ter tomado um iogurte a mais do que a mãe teria dito que ele tomasse. E aí ele disse que a mãe utilizou aquele aparelho de chapinha para fazer essa crueldade”, afirmou o conselheiro Marcos Paulo Cavalcanti.
O Conselho Tutelar tomou conhecimento da situação através de uma denúncia realizada por meio das redes sociais. Após a revelação do caso, o menino e seu irmão foram afastados da mãe e estão atualmente sob os cuidados de uma tia.
O pai da criança levou o menino até a Delegacia de Polícia da Criança e do Adolescente (DPCA) para registrar a ocorrência. Em paralelo, a mãe foi convocada para prestar esclarecimentos, mas negou as acusações. Segundo ela, o garoto teria se queimado ao usar uma sanduicheira. O conselheiro questionou a versão da mãe, indagando a lógica de como a criança poderia queimar ambas as mãos de uma só vez em um aparelho desse tipo.
“Ela nos informou que essa criança teria queimado as ‘costas’ das mãos numa sanduicheira. E eu indaguei: ‘Como ele ia colocar as duas mãos de uma vez na sanduicheira?’. (…) Ela ficou dizendo que adoeceu e o menino devia ter feito um sanduíche. E eu disse que ele teria queimado a palma da mão, e não as ‘costas’. (…) Ela não contra-argumentou”, explicou Marcos Paulo.
O caso está sendo acompanhado de perto pelo Conselho Tutelar, que destaca a importância de proteger as crianças e adolescentes contra abusos e agressões em qualquer forma. As investigações continuam, e o bem-estar da criança é a prioridade nas ações subsequentes.
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