A morte trágica das irmãs Rayane Alves Porto, de 25 anos, e Rithiele Alves Porto, de 28, chocou a comunidade de Porto Esperidião, a 358 km de Cuiabá, no último sábado, 14. Segundo um tio das jovens, que preferiu não se identificar, elas cresceram em uma família circense e sempre foram conhecidas por sua alegria.
“Nasceram no circo! O pai e o avô tinham um pequeno circo, mas com a pandemia, o pai foi obrigado a fechar. Eles tinham uma estrutura incrível e, infelizmente, não conseguiram mais trabalhar”, contou o tio.
Após o fechamento do circo, as irmãs se mudaram para Indiavaí e, há cerca de dois anos, foram para Porto Esperidião para ficar perto do avô materno. Rayane trabalhava como maquiadora e Rithiele era estudante de direito. O tio destacou que elas eram muito queridas na cidade, o que motivou Rayane a se candidatar a vereadora nas eleições municipais.
“Elas eram muito bem-quistas. A Rayane foi convidada a se candidatar por um grupo da igreja e aceitou. Era a primeira vez dela na política, mas infelizmente tivemos que enfrentar essa tragédia”, lamentou.
A família afirma que as irmãs nunca tiveram envolvimento com facções criminosas e que o gesto feito em uma foto, apontado como motivo do crime, foi um mal-entendido. “Elas eram meninas super responsáveis, não se envolviam com drogas ou bebidas. Eram pessoas íntegras, com almas maravilhosas”, ressaltou o tio.
Sobre o crime, o delegado informou que as irmãs teriam tirado uma foto em um local que simbolizava um número associado a uma facção rival. Elas foram levadas por criminosos, junto com o irmão e o namorado de Rithiele, e sofreram agressões. Um dos jovens conseguiu escapar e informar a polícia. O irmão das vítimas permanece internado, mas em estado estável.
No dia do crime, dez pessoas foram detidas, mas uma adolescente foi liberada por falta de provas. No dia seguinte, o 11º suspeito foi preso. A polícia está investigando a possível participação de outras pessoas no caso.
A Secretaria de Segurança Pública isolou o suspeito que teria encomendado o crime, que estava em videochamada com os executores enquanto ordenava as agressões de dentro da penitenciária. O caso continua sob investigação, e a Justiça converteu as prisões em flagrante dos suspeitos para prisão preventiva.
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