O escritório do advogado criminalista Claudio Dalledone, no bairro São Francisco, em Curitiba, foi alvo de tiros na madrugada desta quarta-feira (30). O atentado aconteceu por volta das 2h da madrugada e foi registrado pelas câmeras de segurança.
Nas imagens aparece um veículo Sandero de cor branca, de onde saem dois homens, um de jaqueta branca e outro de camiseta vermelha. A ação toda durou menos de 30 segundos.
Às 2h15 uma viatura da Polícia Militar passa em frente ao escritório, não detecta nada e vai embora.
Dalledone vê a ação como um ato de intimidação.
“Um atentado contra meu escritório, contra a advocacia, contra toda equipe de advogados que lá está. É uma intimidação contra o exercício profissional. Nós já temos algumas linhas de identificação. O carro já está identificado, pessoas já estão sendo identificadas”, disse o criminalista esta manhã.
A Comissão de Prerrogativas da OAB do Paraná já está debruçada sobre o caso, assim como forças policiais da Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp).
A Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) abriu investigação, com apoio de equipes do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), da Rondas Ostensivas de Natureza Especial (Rone), bem como setor de inteligência da Polícia Militar e da Polícia Civil. Além disso, uma equipe da Polícia Científica realiza perícia no local.
Há informações ainda não oficiais de que o veículo usado teria sido localizado e que as autoridades verificam se é o Sandero registrado nas imagens da câmera de segurança ou se o veículo usado na ação seria um clone deste.
Dalledone acredita que a mobilização deve surtir resultados em poucas horas.
“Não vamos nos intimidar, sob hipótese alguma. No máximo em 48 horas, esses indivíduos estarão presos e os mandantes desse atentado contra a advocacia vai se revelado. Vamos atrás. Não vou recuar e chegaremos a quem mandou e a quem atirou. É uma questão de horas”, declarou.
CASO JEAN MICHEL
Dalledone é um advogado criminalista famoso por assumir casos grandes. Ele foi um dos advogados de defesa de Jean Michel, acusado de triplo homicídio (sogro, sogra e esposa) em 8 de agosto de 2021, no Dia dos Pais, na residência da família, em um sobrado localizado na avenida São Paulo, em Umuarama. Ele foi condenado a 86 anos de prisão.
O julgamento aconteceu no Fórum de Umuarama em março deste ano.
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