Um policial civil foi detido no último sábado (9), sob a suspeita de importunar sexualmente um adolescente de 16 anos, no bairro Alto Boqueirão, em Curitiba. Segundo o relato da vítima, o servidor público a obrigou a entrar em seu carro e a ameaçou com uma arma.
O boletim de ocorrência revela que o policial estava em um carro preto quando abordou o jovem em uma rua do bairro, pedindo para conversar. Ao se aproximar, o adolescente afirmou que o servidor mostrou seu órgão genital. Na sequência, o policial teria apontado a arma para ele, forçando-o a entrar no veículo. Em um momento de distração, o jovem conseguiu retirar a chave da ignição, saiu correndo do carro e procurou a mãe para pedir ajuda.
A mãe do adolescente, acompanhada por outros moradores da região, foi até o carro do suspeito, o que resultou em uma tentativa de linchamento, conforme registrado no boletim de ocorrência. Durante a confusão, os populares conseguiram tomar a arma do policial, que foi detido e levado à delegacia.
Ainda não se sabe se a arma foi localizada após o incidente. O adolescente e sua mãe foram ouvidos no Nucria (Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes). A reportagem do site Banda B tentou contato com a defesa do policial, que foi liberado após prestar depoimento na delegacia. O servidor faz parte da Polícia Civil do Paraná desde outubro de 2000.
Em nota, a Polícia Civil do Paraná (PCPR) informou que um inquérito foi instaurado para investigar o caso e ouvir os envolvidos. A corporação destacou que o policial negou as acusações, alegando ter sido agredido. A polícia também está em busca de imagens de câmeras de segurança que possam ajudar a esclarecer os fatos.
Nota na íntegra:
“A Polícia Civil do Paraná (PCPR) instaurou um inquérito policial a fim de esclarecer os fatos. Após tomar conhecimento do ocorrido, policiais foram até o local e encaminharam o servidor à Central de Flagrantes da PCPR. A vítima foi ouvida por meio de escuta especializada. O servidor também foi ouvido, negou as acusações, alegou que os populares o agrediram e subtraíram sua arma funcional. A equipe de investigação está realizando diligências e busca imagens de câmeras de segurança a fim de esclarecer a dinâmica dos fatos. Oitivas também serão realizadas nos próximos dias e darão auxílio no andamento das investigações.
A PCPR trabalha de maneira clara e determinada para lidar com qualquer conduta inadequada de seus policiais, sempre buscando responsabilizar os envolvidos de acordo com a lei. O compromisso é garantir que todas as ações sejam apuradas com transparência e justiça, de acordo com a legislação vigente.”
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