Na tarde desta sexta-feira (13), a Polícia Civil do Paraná (PCPR) prendeu uma mulher em Palmital, no Centro-Oeste do estado, em uma operação que desmantelou um esquema criminoso de tráfico de drogas na região. A mulher foi flagrada escondendo 71 pedras de crack na fralda de um bebê e, ao ser detida, proferiu uma série de ofensas contra os policiais.

“Arrombado, filho da p…, seu verme do diabo, seu porco, seu lixo. Tô nem aí, fui presa por tráfico, agora vai fechar essa cadeia de b…? Que se f… Cadeia foi feita, tanto para homem quanto para mulher. Se nós tivesse medo de cadeia, nós não traficava”, disse a mulher enquanto era conduzida à delegacia, demonstrando total desprezo pelas consequências de seus atos.

Além da mulher, outros dois suspeitos foram presos sob acusação de integrar uma organização criminosa que atua no tráfico de drogas em Palmital e municípios vizinhos.

Três meses de investigação revelam crimes graves

A operação que resultou nas prisões foi o desfecho de uma investigação de 90 dias conduzida pela PCPR. Durante esse período, as autoridades apuraram que o grupo criminoso, além de traficar drogas, realizava torturas contra usuários que não pagavam suas dívidas. Vídeos dessas práticas brutais, chamados de “disciplina” pelos criminosos, eram compartilhados nas redes sociais como forma de intimidação e controle sobre os usuários.

“O grupo criminoso era totalmente articulado e, inclusive, obtivemos imagens daquela chamada disciplina, em que alguns desses integrantes que foram presos, torturavam alguns usuários de drogas. Os três foram detidos com drogas e muito dinheiro picado, sem saber falar a procedência”, detalhou o delegado Márcio Rocha, responsável pela operação.

Prisões e apreensões

No momento da prisão, os policiais encontraram uma quantidade significativa de drogas, além de dinheiro em notas de pequeno valor, cuja origem os suspeitos não conseguiram justificar. Entre os detidos, a mulher que escondia o crack na fralda do bebê chamou atenção pela atitude desafiadora e pelas ofensas dirigidas às autoridades.

Os três suspeitos foram encaminhados à Delegacia da PCPR em Palmital, onde devem ser indiciados por tráfico de drogas e organização criminosa. A mulher, além das acusações relacionadas ao tráfico, pode responder também por desacato à autoridade, injúria e dano.

Repercussão na comunidade

A prisão do trio foi amplamente comentada na região, trazendo à tona a preocupação com o impacto do tráfico de drogas em Palmital e nas comunidades próximas. A violência associada ao tráfico, evidenciada pelos vídeos de tortura, também gerou indignação entre os moradores.

O delegado Márcio Rocha ressaltou que as investigações continuam para identificar outros possíveis membros da organização criminosa e reforçou o compromisso da PCPR em combater o tráfico de drogas e os crimes relacionados. “Essa operação é mais um passo na luta contra o tráfico e as organizações criminosas que aterrorizam nossa comunidade. Não mediremos esforços para garantir a segurança da população e levar à justiça aqueles que praticam crimes tão graves”, afirmou.

Justiça e responsabilização

A prisão da mulher que utilizou o bebê para esconder drogas chamou a atenção para a crueldade e a audácia do tráfico de drogas. O uso de crianças como escudo ou instrumento para o crime é um agravante que pode pesar nas acusações contra a suspeita.

Enquanto isso, a investigação segue para determinar a extensão das atividades do grupo e identificar outras vítimas dos crimes cometidos pela quadrilha. A ação da PCPR em Palmital é mais um exemplo do esforço contínuo das autoridades para desmantelar organizações criminosas que prejudicam a sociedade e alimentam um ciclo de violência e medo.

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