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Justiça proíbe aplicativo BlaBlaCar de oferecer caronas no Paraná

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A juíza Carolina Delduque Sennes Basso, da 1ª Vara da Fazenda Pública de Curitiba, determinou, nesta segunda-feira, 16, a proibição do funcionamento do aplicativo BlaBlaCar no estado do Paraná. O aplicativo, popular entre aqueles que buscam uma forma mais econômica de viajar, conecta motoristas e passageiros interessados em realizar viagens de longa distância, com o motorista oferecendo uma carona e cobrando uma tarifa pela viagem. No entanto, a decisão judicial atende a um pedido liminar feito pela Federação das Empresas de Transporte de Passageiros dos Estados do Paraná e Santa Catarina (Fepasc) e pelo Sindicato das Empresas de Transporte Rodoviário Intermunicipal do Estado do Paraná (Rodopar), que argumentam que a operação do BlaBlaCar no estado configura um transporte intermunicipal de passageiros realizado de maneira ilegal.

A principal alegação das entidades que entraram com a ação é que o BlaBlaCar, ao permitir que motoristas particulares ofereçam caronas pagas, está promovendo uma atividade que, segundo a legislação vigente, deveria ser realizada por empresas regulamentadas de transporte rodoviário intermunicipal. As entidades destacam que a prática de transporte remunerado de passageiros sem as devidas licenças e autorizações específicas para esse tipo de serviço viola a legislação que regula o setor de transporte público e rodoviário no Brasil. Além disso, afirmam que a atuação do aplicativo coloca em risco a segurança dos passageiros, já que os motoristas não precisam possuir habilitação específica para o transporte remunerado, o que seria exigido no caso de empresas regulamentadas.

A decisão judicial vem em um momento em que o mercado de aplicativos de transporte está crescendo no Brasil, com o BlaBlaCar se destacando como uma opção para viagens intermunicipais e interestaduais. O serviço do aplicativo se baseia no conceito de “carona solidária”, onde motoristas oferecem vagas em seus carros para compartilhar as despesas da viagem, cobrando um valor para custear o combustível e outros custos relacionados à jornada. Esse modelo de negócio tem atraído uma base crescente de usuários que buscam alternativas mais acessíveis para viagens de longa distância, especialmente entre cidades que não possuem linhas de ônibus diretas ou que têm opções de transporte caras.

Porém, a decisão da juíza coloca um ponto de interrogação sobre o futuro do aplicativo no Paraná, um estado com grande movimentação intermunicipal e com várias cidades de grande porte que poderiam se beneficiar desse tipo de serviço. Com a proibição, o BlaBlaCar não poderá mais operar no estado, e motoristas que utilizam o aplicativo para oferecer caronas para passageiros poderão ser penalizados por atuarem fora da legalidade.

Essa medida judicial levanta uma série de questões sobre a regulação do mercado de transporte no Brasil e a flexibilidade da legislação para acomodar novas formas de mobilidade. O caso pode servir como um marco para futuras discussões sobre a regulamentação de plataformas digitais de compartilhamento de caronas e outros serviços de transporte, como já ocorreu em outras partes do mundo. Em muitos países, o transporte privado remunerado é um setor altamente regulamentado, com normas específicas para garantir a segurança, a qualidade do serviço e a justa concorrência entre empresas do setor público e privado.

A ação judicial também reflete o esforço das empresas de transporte rodoviário tradicional em defender seus direitos e garantir que o mercado de transporte de passageiros seja mantido dentro dos limites da lei, com regras claras para a operação de serviços e a segurança dos consumidores. As entidades argumentam que a concorrência desleal causada por aplicativos como o BlaBlaCar prejudica a sustentabilidade do setor e não oferece garantias suficientes para os passageiros em termos de segurança e qualidade do serviço.

A decisão de proibição pode ser apenas uma fase inicial em um processo mais longo, que provavelmente incluirá novas discussões judiciais, apelações e, eventualmente, a análise do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a validade da restrição do serviço. O desfecho do caso poderá ter implicações para a forma como aplicativos de transporte compartilhado operam no Brasil, além de abrir caminho para uma regulamentação mais detalhada para este tipo de serviço.

Por enquanto, a liminar impede que o BlaBlaCar continue operando no Paraná, mas o caso continua em aberto, com o futuro do aplicativo na região dependendo de novas decisões judiciais. A sociedade, os usuários do aplicativo e as autoridades competentes deverão acompanhar os desdobramentos dessa importante disputa jurídica, que pode definir os rumos do transporte intermunicipal no Brasil em uma era marcada pela popularização das plataformas digitais.

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