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Comerciantes da Rua Santos Dumont relatam queda de 70% nas vendas durante o fim de ano em Maringá

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Os comerciantes da Rua Santos Dumont, localizada no coração de Maringá, estão enfrentando um período crítico em suas atividades, com uma drástica redução nas vendas, estimada em até 70% em pleno período natalino, tradicionalmente marcado pelo aumento significativo no consumo. Apesar de todos os esforços realizados pelos lojistas para atrair consumidores, como promoções especiais, decorações temáticas e até a ampliação do horário de funcionamento desde o dia 9 de dezembro, o resultado tem sido desolador. A situação revela uma série de problemas estruturais e mudanças que têm impactado negativamente a região, especialmente após a transferência do evento “Maringá Encantada” para o Eurogarden.

Felipe Fernandes, proprietário de uma livraria na Rua Santos Dumont, é um dos comerciantes que sentiu profundamente os efeitos dessa mudança. Para ele, a ausência das tradicionais atrações natalinas na área foi um golpe duro para o comércio local. “A rua ficou escura, não há policiamento suficiente, e isso acaba afastando os clientes. Nós investimos em promoções, decoramos a loja, fizemos tudo que podíamos para atrair mais pessoas, mas as vendas continuam muito abaixo do esperado”, lamenta. Felipe destaca que o movimento caiu drasticamente, mesmo com todos os esforços de adaptação ao cenário atual.

Outro ponto crítico mencionado pelos lojistas é a falta de policiamento e de iluminação adequada, o que reforça a sensação de insegurança para clientes e comerciantes. Além disso, a falta de limpeza regular nas vias públicas é outro fator que prejudica o ambiente. Segundo Danila Moraes, consultora de vendas em uma das lojas da região, mesmo com todos os esforços dos lojistas, o retorno financeiro não tem sido proporcional ao trabalho realizado. “Estendemos o horário de funcionamento, decoramos as vitrines com capricho e fizemos promoções atrativas, mas o resultado foi muito aquém do esperado. Desde que ampliamos o horário, o fluxo de clientes não aumentou como imaginávamos. O movimento segue fraco, e as vendas não decolam.”

A situação é semelhante para João Batista, proprietário de outra livraria na mesma rua, que também relata dificuldades em atrair consumidores. Ele conta que tem ficado no estabelecimento até mais tarde, na tentativa de aproveitar o horário estendido, mas os resultados têm sido frustrantes. “A rua está deserta à noite. Não adianta ficarmos até mais tarde se não há movimento. Os clientes não se sentem seguros ou motivados a vir para cá nesse horário”, comenta João, que vê com preocupação o futuro do comércio local.

Martin Campos, dono de uma ótica na Rua Santos Dumont há cinco anos, decidiu aderir ao horário estendido nos primeiros dias, trabalhando até as 22h. No entanto, ele logo percebeu que os custos operacionais de manter o comércio aberto não compensavam, devido à baixa movimentação de pessoas. “A rua fica completamente vazia à noite. As despesas aumentam, e o retorno financeiro não cobre os custos. É inviável continuar assim, então resolvemos voltar ao horário normal”, explica Martin.

A crise enfrentada na Rua Santos Dumont reflete uma realidade mais ampla, que também atinge outras áreas centrais de Maringá, como a Avenida Brasil. Comerciantes dessa região relatam desafios semelhantes, com fluxo reduzido de clientes durante o período noturno e vendas muito abaixo do esperado. Essa dificuldade em atrair consumidores demonstra que o problema vai além das condições específicas da Rua Santos Dumont, apontando para questões estruturais que afetam o centro comercial da cidade como um todo.

Entre os lojistas, há um consenso de que são necessárias medidas urgentes para reverter esse cenário. A falta de segurança e iluminação adequada é um dos principais pontos levantados. Além disso, há uma percepção de que a transferência do evento “Maringá Encantada” para o Eurogarden desviou o fluxo de pessoas do centro da cidade, prejudicando diretamente os comércios da região. Alguns comerciantes sugerem que o evento deveria ser descentralizado, com atrações espalhadas por diferentes áreas da cidade, de modo a beneficiar um número maior de estabelecimentos.

Os lojistas também apontam para a necessidade de ações públicas que incentivem o consumo no centro da cidade. Investimentos em infraestrutura, como melhoria na iluminação e na segurança, além de campanhas de incentivo ao comércio local, são vistos como fundamentais para recuperar a atratividade da região. Muitos acreditam que, sem essas medidas, a Rua Santos Dumont e outras áreas centrais correm o risco de sofrer uma deterioração ainda maior, afastando não apenas os consumidores, mas também possíveis novos investimentos.

Para Felipe Fernandes, o futuro do comércio na Rua Santos Dumont dependerá da capacidade dos lojistas e do poder público de trabalharem juntos para enfrentar os desafios. “Nós estamos fazendo a nossa parte, mas precisamos de apoio. Não é possível que uma rua tão tradicional como a Santos Dumont continue nesse abandono. Precisamos de segurança, iluminação e atrativos que tragam as pessoas de volta para o centro da cidade. Sem isso, o prejuízo será irreparável”, conclui.

Enquanto isso, a expectativa para as semanas finais do ano é de que alguma mudança possa reverter, mesmo que parcialmente, o atual cenário de desânimo. Para muitos comerciantes, este Natal ficará marcado não pela alegria e celebração, mas pelas dificuldades enfrentadas em um período que, historicamente, sempre foi o mais aguardado do ano.

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