Eliandro Bastos, de 36 anos, foi preso sob a acusação de assassinar o patrão Kerli Fabrício, de 37 anos, durante uma confraternização da empresa em Cláudio, Minas Gerais. O caso, que ocorreu no último sábado (21), chocou a comunidade local pela brutalidade e pelas circunstâncias que levaram ao crime.
Segundo o boletim de ocorrência, o crime foi motivado por um desentendimento ocorrido durante a festa. Kerli teria comunicado a Eliandro que ele seria demitido, justificando que o funcionário era considerado “muito caro” para a empresa. O anúncio gerou uma reação imediata de Eliandro, que quebrou uma garrafa de vinho recebida como presente. Em resposta, o patrão exigiu que ele limpasse os cacos e ainda trancou o portão da empresa, impedindo que o funcionário deixasse o local.
Testemunhas relataram que o ambiente, inicialmente festivo, rapidamente se transformou em uma cena de tensão crescente. Após o embate verbal, Eliandro teria atacado Kerli com várias facadas, atingindo-o no abdômen, ombro e pescoço. A vítima não resistiu aos ferimentos e morreu no local, enquanto Eliandro fugiu, buscando refúgio na casa de familiares.
Horas após o crime, o suspeito decidiu se entregar. Ele pediu ao irmão que acionasse a polícia e aguardou a chegada dos agentes. Em seu depoimento, Eliandro alegou que o patrão o humilhou verbalmente e teria dito que “esfregaria a cara dele no chão para limpar” os cacos de vidro. Essas declarações, no entanto, não alteraram a acusação formal de homicídio qualificado por motivo fútil, conforme aponta a investigação policial.
A tragédia provocou grande comoção entre os colegas de trabalho e moradores da cidade. Kerli Fabrício, descrito por amigos como uma pessoa trabalhadora e dedicada, deixa esposa e dois filhos. Já Eliandro, que trabalhava na empresa há anos, era conhecido por sua competência, mas também por episódios de comportamento impulsivo.
O caso levanta discussões sobre o ambiente de trabalho e a pressão vivenciada pelos trabalhadores. Especialistas destacam a importância de práticas de gestão mais humanizadas e de maior atenção ao bem-estar psicológico de funcionários, especialmente em momentos delicados, como desligamentos e mudanças estruturais.
A polícia segue com as investigações para esclarecer todos os detalhes do crime. Eliandro permanece preso à disposição da Justiça e aguarda julgamento. A família de Kerli clama por justiça e, em nota, afirmou que confia no trabalho das autoridades para responsabilizar o culpado.
Este caso serve como um alerta sobre os limites do conflito no ambiente profissional e os impactos devastadores que decisões e ações impensadas podem causar na vida de indivíduos e suas famílias.
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