Na noite da última segunda-feira, 30, o Corpo de Bombeiros do Paraná localizou o corpo de um menino de 12 anos que havia desaparecido após se afogar no Balneário Praia Grande, em Matinhos. O garoto desapareceu na tarde de domingo, 29, enquanto nadava em uma área não protegida por guarda-vidas. O caso comoveu a comunidade local e trouxe mais um alerta sobre os perigos do mar.

As buscas começaram ainda no domingo, logo após o desaparecimento, mobilizando equipes do Corpo de Bombeiros que realizaram varreduras intensas na região. O corpo foi encontrado por volta das 22h30 de segunda-feira por pedestres que caminhavam na praia, próximo ao Balneário Flórida, a cerca de três quilômetros do local onde o menino foi visto pela última vez. As testemunhas acionaram o Corpo de Bombeiros pelo telefone de emergência 193, informando o avistamento.

A família da criança estava presente na praia quando os bombeiros chegaram ao local e, com profundo pesar, confirmou a identidade do menino. Com isso, as buscas foram encerradas, marcando o desfecho trágico do desaparecimento.

Este incidente é o oitavo caso fatal por afogamento registrado no litoral paranaense desde o início da Operação Verão, em 14 de dezembro. Todos os óbitos ocorreram em locais sem proteção de guarda-vidas ou fora do horário de funcionamento dos postos, que operam das 8h às 19h. No último sábado, 28, outras três mortes foram registradas em condições semelhantes, aumentando o número de tragédias nesta temporada.

Segundo informações do Corpo de Bombeiros, o menino desapareceu enquanto nadava em uma área considerada de alto risco por não estar sob vigilância dos guarda-vidas. A corporação destacou, em nota, a importância de respeitar as áreas delimitadas e os horários de atuação das equipes para evitar acidentes como este. O comunicado também reforça que os banhistas devem sempre priorizar a segurança, especialmente crianças, que requerem atenção constante.

O caso gerou comoção entre moradores e turistas que frequentam a região. A dor da família e a perda precoce do menino sensibilizaram a comunidade, que se uniu para prestar solidariedade e apoio durante este momento difícil. Amigos e conhecidos da família lamentaram profundamente a tragédia e lembraram o menino como uma criança alegre e cheia de energia.

A Polícia Civil e a Polícia Científica agora investigam as circunstâncias do afogamento, buscando compreender os fatores que contribuíram para o ocorrido. Enquanto isso, o Corpo de Bombeiros continua reforçando campanhas de conscientização para alertar os veranistas sobre os riscos de nadar em áreas não supervisionadas.

Os perigos do mar, muitas vezes subestimados, são agravados pela imprudência e pela falta de atenção às orientações de segurança. Correntes de retorno, mudanças repentinas na profundidade e falta de supervisão são fatores que contribuem para o aumento dos casos de afogamento, especialmente durante o verão, quando o número de banhistas nas praias cresce significativamente.

O Corpo de Bombeiros recomenda que banhistas deem preferência às áreas próximas aos postos de guarda-vidas, respeitem as bandeiras de sinalização que indicam as condições do mar e evitem nadar durante a noite ou em locais desconhecidos. Crianças devem estar sempre acompanhadas por adultos e, quando necessário, utilizar equipamentos de segurança, como coletes salva-vidas.

Com o aumento de mortes por afogamento nesta temporada, as autoridades locais intensificam os alertas e destacam que a segurança no mar depende não apenas das ações de resgate, mas principalmente da conscientização dos frequentadores. Tragédias como a do menino em Matinhos ressaltam a importância de seguir as orientações de segurança e agir com responsabilidade.

O luto pela perda do menino é compartilhado por toda a comunidade. Seu falecimento serve como um alerta doloroso para os riscos que o mar pode oferecer, especialmente em condições inadequadas. A temporada de verão continua, mas o apelo das autoridades e das famílias afetadas por tragédias semelhantes é claro: a segurança deve ser prioridade para evitar que novas vidas sejam perdidas no litoral paranaense.

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