Uma tragédia abalou a cidade de Guarapuava, na região central do Paraná, neste sábado, 28 de dezembro. Francieli Pacheco dos Santos, de 25 anos, foi brutalmente assassinada com golpes de faca dentro de sua residência, localizada no bairro Industrial. O crime ocorreu enquanto ela dormia ao lado da filha de apenas 5 anos. Apesar de ter sido socorrida e encaminhada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), Francieli não resistiu aos ferimentos graves no pescoço.
Conforme informações preliminares, o principal suspeito do crime é o ex-marido de Francieli. De acordo com testemunhas e conhecidos da vítima, o homem não aceitava o fim do relacionamento e já teria feito ameaças anteriormente. Durante a semana, ele teria furtado uma cópia das chaves da residência da jovem, o que pode ter facilitado o acesso ao local e o planejamento do ataque.
De acordo com a investigação, o crime ocorreu no início da manhã de sábado. Francieli estava em casa com a filha quando foi surpreendida pelas agressões. A criança, que dormia ao lado da mãe, não sofreu ferimentos físicos. Após cometer o crime, o suspeito fugiu e, até o momento, não foi localizado pela Polícia Militar, que realizou buscas intensas na região. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil do Paraná, que trabalha para reunir mais provas e localizar o autor do homicídio.
O corpo de Francieli Pacheco dos Santos está sendo velado na Capela Mortuária Municipal Jardim da Paz, onde familiares e amigos se despedem em meio a uma profunda comoção. O sepultamento está marcado para este domingo, 29 de dezembro, às 15h. Francieli deixa uma filha de 5 anos, fruto do relacionamento com o principal suspeito do crime.
A tragédia expõe mais um caso de feminicídio no Brasil, uma realidade alarmante que coloca em evidência a necessidade urgente de medidas efetivas para proteger mulheres de relacionamentos abusivos. Apesar dos avanços legais, como a Lei Maria da Penha e a tipificação do feminicídio como crime hediondo, muitas mulheres ainda enfrentam dificuldades para obter proteção, mesmo após o registro de ameaças ou violência.
Amigos e familiares relataram que o comportamento do suspeito era possessivo e controlador, o que evidencia os sinais de risco que muitas vezes precedem crimes dessa natureza. Francieli havia encerrado o relacionamento, mas continuava sendo alvo de ameaças e intimidações, uma situação comum entre vítimas de violência doméstica.
Organizações de defesa dos direitos das mulheres alertam para a importância de redes de apoio e políticas públicas que garantam proteção eficaz às vítimas. Casos como o de Francieli Pacheco dos Santos reforçam a necessidade de que denúncias de ameaças sejam levadas a sério pelas autoridades e de que haja maior fiscalização no cumprimento de medidas protetivas.
A Polícia Civil do Paraná continua as investigações para esclarecer as circunstâncias do crime e localizar o principal suspeito. A fuga do ex-marido reforça a suspeita de premeditação, e buscas continuam sendo realizadas em áreas próximas a Guarapuava. A comunidade local se solidariza com a família de Francieli, enquanto a sociedade clama por justiça.
Francieli é mais uma vítima de um problema que persiste em nosso país e que requer atenção constante. O feminicídio é uma forma extrema de violência de gênero que destrói famílias e deixa cicatrizes profundas em comunidades inteiras. Este caso, assim como tantos outros, é um lembrete de que é preciso agir para proteger mulheres que vivem em situação de risco.
O assassinato de Francieli não pode ser apenas mais um número nas estatísticas. Sua morte é uma chamada à ação para que todos, sociedade e autoridades, trabalhem juntos no combate à violência contra a mulher. A história de Francieli é um triste reflexo da realidade que muitas mulheres enfrentam e que não pode ser ignorada. Justiça e mudanças estruturais são necessárias para evitar que tragédias como esta se repitam.
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