A Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) aplicou punições ao Cerro Porteño após atos racistas contra o jogador Luighi, do Palmeiras, durante partida da Libertadores Sub-20, realizada na última quinta-feira (6). O atacante foi alvo de insultos e gestos racistas após marcar um dos gols da vitória alviverde por 3 a 0.
Punições aplicadas
De acordo com o comunicado da Conmebol, o clube paraguaio foi penalizado com:
- Multa de US$ 50 mil;
- Obrigação de realizar uma campanha contra o racismo nas redes sociais, envolvendo todos os jogadores da equipe na categoria;
- Proibição da presença de torcedores do Cerro Porteño nos próximos jogos da competição.
O clube pode recorrer da decisão.
Posição do Palmeiras
O Palmeiras criticou as punições em nota oficial, afirmando que as medidas são insuficientes, com exceção da campanha educativa. Além disso, o clube informou que levará o caso à FIFA para que outras sanções sejam analisadas.
A equipe volta a campo no próximo domingo (9), às 19h, para enfrentar o Independiente Del Valle (EQU) pela Libertadores Sub-20.
O caso de racismo
Luighi foi alvo de insultos de um torcedor do Cerro Porteño ao sair de campo para ser substituído. Além dos gestos imitando um macaco, outro torcedor cuspiu no jogador através do alambrado.
Muito abalado, o atacante evitou falar sobre a partida em entrevista após o jogo e fez um apelo por justiça:
“A Conmebol vai fazer o que sobre isso? O que fizeram comigo foi um crime”, desabafou o atleta, chorando.
Repercussão e apoio
Nas redes sociais, o Palmeiras demonstrou solidariedade ao jogador e cobrou punição rigorosa aos envolvidos. O clube destacou a gravidade do ocorrido, afirmando que “racismo é crime” e que “a impunidade é cúmplice dos covardes”.
Jogadores do elenco profissional, como Weverton e Marcos Rocha, prestaram apoio a Luighi. Rivais históricos do Palmeiras, como Corinthians e São Paulo, também manifestaram solidariedade ao atleta, condenando os atos de discriminação.
O caso segue sob investigação.