Um homem foi preso nesta quinta-feira (20) em São Paulo, suspeito de se passar por médico e aplicar silicone industrial em mulheres trans e travestis. A prisão foi feita pela Polícia Civil do Paraná, por meio da 13ª Subdivisão Policial (SDP) de Ponta Grossa.
As investigações começaram em outubro de 2024, após a morte de uma mulher que teria pago R$ 1.550 para realizar o procedimento estético clandestino. A aplicação foi feita em um local sem condições de higiene, o que causou complicações graves e, posteriormente, a morte da vítima.
Segundo o delegado Luís Gustavo Timossi, o suspeito já respondia por um caso semelhante na cidade de Marília (SP), onde uma pessoa morreu em 2019 após passar pelo mesmo tipo de procedimento com ele.
A polícia informou que o homem atuava como “bombadeira”, termo usado para quem aplica silicone industrial sem qualificação médica. Ele viajava por diferentes estados oferecendo o serviço, aproveitando-se da vulnerabilidade de mulheres trans e travestis que não têm acesso a procedimentos seguros.
Com base nas provas reunidas, a Justiça determinou a prisão preventiva do suspeito, que agora está à disposição para os trâmites legais. Ele foi indiciado por homicídio e exercício ilegal da medicina. As investigações continuam para identificar outras possíveis vítimas.