João da Silva de Abreu, de 72 anos, morreu eletrocutado na manhã de domingo (30) ao sair de casa para pescar com o filho, em Ubiratã. Um cabo de alta tensão rompido caiu sobre o teto do veículo que ele manobrava na garagem, causando uma descarga elétrica fatal.

Ao descer do carro para verificar a situação, João foi atingido pela eletricidade. O choque gerou um incêndio no Fiat Strada. O Corpo de Bombeiros foi acionado, mas, por protocolo de segurança, só pôde agir após a liberação da Copel, que chegou ao local cerca de uma hora depois.

A família da vítima critica a demora no atendimento e questiona a qualidade do serviço prestado pela concessionária. Segundo os filhos, que são eletricistas, o problema na rede elétrica havia sido reportado há cerca de 10 meses, após um curto-circuito ocorrido na Rua Donato Félix Leite, no Jardim Panorama.

Tiago, um dos filhos, desabafou: “É injusto o que aconteceu com meu pai. É um serviço errado da Copel, e estão querendo tirar o corpo fora. Inaceitável”. Charles, outro filho, relatou: “Meu pai estava saindo para se divertir, e eu chego e o vejo queimando”.

O corpo de João foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Campo Mourão. Devido ao estado de carbonização, o reconhecimento será feito por exame de DNA.

A Copel, em nota oficial, lamentou o ocorrido e afirmou que a rede elétrica da região estava em condições normais de operação. Segundo a empresa, um gambá encontrado morto próximo ao poste pode ter causado o curto-circuito. A família contesta a explicação, alegando que os cabos são encapados e não deveriam ter sido afetados.

A companhia informou ainda que realizou manutenção corretiva na rede em abril de 2023, após a queda de um raio, e que as inspeções preventivas mais recentes ocorreram em 2024 e fevereiro de 2025, sem constatação de irregularidades. O caso está sob investigação, e a família aguarda esclarecimentos sobre as responsabilidades pelo acidente.